segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Laranjas que pagaram avião de Campos confessam ter recebido dinheiro de Youssef


Não está suficientemente  claro para que se entenda completamente a operação, mas a Folha publica hoje (02/09), lá no 5º parágrafo de uma matéria sobre o depoimento de empresários Paulo Cesar de Barros Morato, da Câmara e Eduardo Freire Bezerra Leite, conhecido como “Ventola”, no qual confessam ter recebido de Alberto Youssef  valores emprestados ao  deputado federal Arthur Lira (PP-AL) e ao pai dele, o senador Benedito de Lira (PP-AL), a informação de que o doleiro também quitou empréstimos feitos por eles a João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho.

Lyra é, ao menos aparentemente,  o “comprador” do jatinho em que morreu o candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos e os dois empresários disseram terem “emprestado” a ele – vejam que história estranha – R$ 859 mil em espécie, sem um recibinho que fosse, para a compra do avião, sob a alegação de que o amigo iria montar uma empresa de táxi aéreo.

A informação tem pelo menos um ano e até agora não se conseguiu investigar nada?

Pois em setembro do ano passado, a Folha já publicava que “o avião foi comprado por três empresários de Pernambuco: João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, Apolo Santana Vieira e Eduardo Ventola” e que , Paulo César de Barros Morato, que agora confessa ter recebido pagamentos do doleiro, alegava desconhecer Youssef e a MO Consultoria, empresa que lhes fazia os pagamentos por João Carlos Lyra.

O advogado de Youssef, na época, dizia “não se lembrar” se o doleiro fazia pagamentos a Ventola e Morato a pedido de Lyra.

Agora, os dois confessam que sim.

E a Folha embrulha a informação lá no meio do texto, de tal forma que não se diz se Lyra pagou, se alguém pagou por Lyra e se este alguém foi, de novo, Youssef. Ou será que foi a Polícia Federal que não perguntou?

Eta jornalismo investigativo! Eta blindagem!

Pela velocidade da apuração – a policial e a jornalística – no caso do dinheiro do jatinho a operação bem que poderia se chamar Lava-a-Hélice.

Por Fernando Brito, em seu blog

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