quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Suíça envia ao Brasil dados de conta secreta atribuída a Eduardo Cunha

Cunha já foi citado por dois delatores da Operação Lava Jato -os lobistas Júlio Camargo e Fernando Soares, o Fernando Baiano- como destinatário de US$ 5 milhões                                                                               


Autoridades da Suíça enviaram para o Brasil dados de uma conta secreta atribuída ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O volume de recursos -que está sendo mantido em sigilo- foi bloqueado pelas autoridades suíças.
O peemedebista é alvo de um inquérito aberto pelo Ministério Público suíço, em abril deste ano, por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro, segundo a reportagem apurou com pessoas familiarizadas com a investigação.
Os dados da investigação suíça foram enviados pelas autoridades para a PGR (Procuradoria-Geral da República).

Procurados, o Ministério Público da Suíça e Procuradoria-Geral da República ainda não se manifestaram.
Cunha já foi citado por dois delatores da Operação Lava Jato -os lobistas Júlio Camargo e Fernando Soares, o Fernando Baiano- como destinatário de US$ 5 milhões que seriam propina em um afretamento de navios-sondas pela diretoria internacional da Petrobras, controlada pelo PMDB.
Também preso na Lava Jato, o lobista João Augusto Henriques, ligado ao PMDB, disse que fez depósito em uma conta no exterior que tinha Cunha como beneficiário.
Pela versão de Henriques, ele não sabia que a conta pertencia ao deputado do PMDB. Ele disse que só soube que Cunha era o controlador da conta mais tarde, por autoridades suíças.
OUTRO LADO
O advogado de Cunha, Antonio Fernando de Souza, foi procurado pela reportagem, mas não foi localizado até o início da tarde desta quarta.
Procuradoria confirma que Cunha e familiares têm conta na Suíça

País europeu transferiu investigação criminal contra presidente da Câmara dos Deputados para o Brasil

O Ministério Público da Suíça enviou ao Brasil, nesta quarta-feira (30), os autos da investigação contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, por suspeita de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. A transferência da investigação criminal foi feita por meio da autoridade central dos dois países (Ministério da Justiça) e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, aceitou a transferência feita pelo MP suíço.
As informações do MP da Suíça relatam contas bancárias em nome de Cunha e familiares. As investigações lá iniciaram em abril deste ano e houve bloqueio de valores.
Os autos serão recebidos pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) e posteriormente serão remetidos à PGR
Informação: www.otempo.com.br

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