- Benny Alon comercializava ingressos para a Copa e decidiu denunciar mercado negro na Fifa. Suas declarações derrubaram Jerome Valcke
As suspeitas de superfaturamento em venda de ingressos na Copa não se resumem a Jerome Valcke, afastado pela Fifa das suas funções. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a Fifa tinha pleno conhecimento de práticas ilegais na comercialização de bilhetes desde a Copa de 1990.
Pivô do episódio que derrubou Valcke, o empresário Benny Alon, da JB Sports & Marketing (empresa que operava na venda de ingressos com a Fifa), relata que o mercado paralelo funcionava sob os olhares da Fifa.
Preso no Brasil no ano passado e posteriormente liberado (acusado de integrar rede de desvios de ingressos da Copa), o britânico Ray Whelan adquiriu 4.500 ingressos para o Mundial.
Na época, o presidente do Comitê Local questionou a legalidade na compra feita por Whelan. Mas a Fifa respondeu positivamente a Whelan e aceitou que os pacotes oferecidos pelo britânico fossem negociados.
"A Copa de 1990 foi a primeira que representou um grande negócio", disse Alon.
Anos mais tarde, Whelan trabalharia na Match, empresa detentoras dos direitos de vendas de ingressos e pacotes para o Mundial.
A rede de vendas de ingressos da Copa no mercado negro foi aumentando com anuência da Fifa, ressalta o O Estado de S. Paulo. Os mexicanos Jaime e Enrique Byrom ganharam espaço. Whelan era casado com uma das irmãs dos Byroms.
Jaime Byrom respondia como "representante Fifa" em 2005. Alon conta que dois mil ingressos do jogo de abertura da Alemanha em 2006 foram devolvidos e considerados "não vendidos". Essa carga teria sido repassada para o mercado negro.
Operações semelhantes se repetiram, acusa Alon.
"Mais de 110 mil ingressos entraram no mercado, o que representa um lucro de US$ 110 milhões", disse.
Informação http://zip.net/bqr3cg
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