Praça da Palavra FIG 2019 - CORDEL VEIO TE VISITAR
Edilene Soares é professora, cordelista e contadora de histórias.
“Eu
tinha pouca idade / E conheci a leitura / O meu pai um homem simples /
Apresentou-me a leitura / Não precisou ser letrado / Nem tampouco diplomado /
Pra valorizar a cultura”. É assim que Edilene Soares define o começo de sua
trajetória com a literatura de cordel. Aos sete anos de idade, a homenageada da
Bienal Internacional do Livro se apaixonou pela poesia que seu pai comprava na
feira. A única exigência de Seu Elizeu, após comprar o cordel na feira, teve
foi que sua filha recitasse os pequenos textos para a comunidade em que
moravam, em Angelim, cidade a cerca de 30 km de Garanhuns.
Edilene
nasceu em 1976 e aos nove anos ensinava catecismo na igreja em que frequentava,
onde despertou mais uma de suas paixões da vida: ser professora. “A igreja e a
comunidade foram meus primeiros palcos”, conta a professora que aos 14 anos de
idade, já morando em Garanhuns, convenceu a diretora de uma escola no bairro em
que morava a ser a ajudante da professora em uma sala de aula. “Eu tinha o
sonho de ser professora e desde aquela época eu já utilizava a poesia para o
trabalho”, conta.
Assim,
na sua juventude, se formou no magistério e fez Licenciatura em Geografia na
Universidade de Pernambuco (UPE). Se encantou pela Educação Especial e fez o
curso de Atendimento Educacional Especializado, na Universidade Federal do
Ceará (UFC). Edilene lecionou em escolas públicas e privadas e na UPE.
“A
literatura é extremamente relevante na sociedade atual. A tecnologia está aí,
em todos os lugares. A gente precisa cada vez mais incentivar o toque no papel,
o “sentir” do livro. É importante propagar essa cultura de ler para o outro,
principalmente a literatura de cordel, que é do povo para o povo”, Edilene faz
questão de incentivar a leitura do livro físico. Atualmente, ela é membro da
União Brasileira dos Escritores.
Por Daniela Batista
Foto Ana Oliveira ( Blog Claudia Oliveira
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