quinta-feira, 26 de novembro de 2015

"Não é hora de apontar culpados pelo desastre", diz Aécio sobre Mariana-MG


O senador Aécio Neves (PSDB-MG), ex-governador de Minas Gerais, publicou nota trazendo "solidariedade" às vítimas da onda de lama que invadiu o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, região central do estado, após o rompimento de duas barragens (Fundão e Santarém). "Talvez o maior desastre ambiental que se tem notícia em nossa história", disse.
Segundo o parlamentar, "o tempo vai demonstrar com muita clareza se houve alguma falha e de quem foi a falha, porque regras para essas barragens existem". "Sem transformar isso em uma questão política, de apontar o dedo para A ou para B. É hora de todos nos unirmos porque a tragédia foi enorme e é preciso que nos precavamos para que outras tragédias como essa não ocorram mais em nosso Estado. Não ocorram mais no Brasil", afirmou. 
Em consequência da tragédia, 28 pessoas continuam desaparecidas, segundo a Prefeitura de Mariana. Duas mortes foram confirmadas. A Samarco informou que 557 desabrigados estão hospedados em hotéis com custos pagos pela empresa. Diretores da mineradora informaram, na sexta-feira (6), em entrevista à imprensa, que cerca de 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos foram liberados no meio ambiente, o suficiente para encher 24.800 piscinas olímpicas.
Aécio disse que a tragédia é "um alerta inclusive para o futuro, porque Minas Gerais tem centenas de barramentos como esse e é preciso que haja um acompanhamento cada vez maior para que desastres como esse não ocorram mais". "O importante é que o governo federal se sinta também responsável ou co-responsável para dar a essas famílias atingidas e que perderam absolutamente tudo a possibilidade de um recomeço", pontuou. 
O congressista sugeriu que direção da empresa "possa se reunir com essas famílias, falar das buscas, como elas estão ocorrendo, onde cada um estava e, além disso, dar a elas todo apoio que precisam, neste momento e no futuro, para a reconstrução das suas vidas". "Isso é responsabilidade da empresa".
"Cabe, obviamente, neste instante, à Samarco e aos órgãos governamentais de todos os níveis refazerem a avaliação exata se alguma providência precisa e deve ser tomada. Acredito que, neste instante, todos os órgãos de fiscalização da área ambiental, envolvida a própria Polícia Militar que tem responsabilidade também no policiamento ambiental, devam estar fazendo essa avaliação", acrescentou.

Dia 26/11 13º corpo é identificado em Mariana
Depois de três semanas do rompimento de uma barragem de rejeitos de minério da empresa Samarco, em Mariana (MG), foi encontrado o 13º corpo próximo ao distrito mais atingido pela tragédia, o de Bento Rodrigues.
Ao todo, há oito corpos oficialmente reconhecidos como vítimas do acidente – outros quatro aguardam identificação e, portanto, não são relacionados ao caso até o momento. Há ainda 12 pessoas desaparecidas, entre moradores e funcionários da mineradora.
O rompimento da barragem de Fundão liberou mais de 35 milhões de m³ de rejeitos na região, destruindo diversas cidades e contaminando completamente o Rio Doce, que abastece as pessoas que moram no local. Os rejeitos chegaram ao mar do Espírito Santo. Este foi o maior desastre ambiental da história do Brasil.
Informação :www. pautandominas.com 

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