sexta-feira, 16 de outubro de 2015

PGR: Eduardo Cunha tem frota de carros de luxo avaliada em R$ 1 milhão. Nome da empresa C3 Produções Artísticas e a Jesus.com


PGR: Eduardo Cunha tem frota de carros de luxo avaliada em R$ 1 milhão

Um Porsche Cayenne e outros três automóveis estão registrados em nome de uma empresa chamada "Jesus.com". Segundo pedido de abertura de inquérito contra o presidente da Câmara, ele omitiu cerca de US$ 15 milhões em bens
Um dos carros de Cunha é um Porsche Cayenne, semelhante ao da foto





O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), é acusado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) de ter omitido a propriedade de pelo menos sete carros de luxo. A frota atribuída a Cunha tem, atualmente, valor de mercado de aproximadamente R$ 1 milhão.
Segundo a PGR, para maquiar a propriedade dos automóveis, Cunha colocou os veículos no nome da sua esposa, a jornalista Cláudia Cruz, e no nome de duas empresas das quais ele é sócio, a C3 Produções Artísticas e a Jesus.com Serviços de Promoções, Propagadas e Atividades de Rádio. Oficialmente, de acordo com sua última prestação de contas encaminhada à Justiça Eleitoral no ano passado, Cunha disse que tinha apenas um automóvel: um Toyota Corolla, ano 2007.
“Eduardo Cunha se utilizaria de diversos veículos, incluindo um Porsche Cayenne, um Touareg, um Corola, um Edge, uma Tucson, uma Pajero Sport”, afirma o procurador-geral em exercício, Eugênio Aragão.
Em nome da empresa "Jesus.com" estão registrados um Ford Edge V6 2013, um Porsche Cayenne 2013 e um Ford Fusion 2013. Somente o Porsche é avaliado hoje em R$ 430 mil, segundo os investigadores. Em nome da C3 Produções Artísticas, estão registrados uma Pajero ano 2010, uma Hyundai Tucson 2009, um Land Rover Freelander 2008 e uma BMW 325 ano 1993. Além deles, Cunha também seria dono de um outro Porsche Cayenne, ano 2006, que atualmente está em nome de Cláudia Cruz.

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Inquérito

As informações constam na petição em que o órgão pede a abertura de inquérito contra o pemedebista pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção. Na noite desta quinta-feira (15), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Teori Zavascki, autorizou investigação contra o parlamentar carioca, contra sua esposa Cláudia Cruz e sua filha Danielle Dytz. O novo inquérito contra Cunha é motivado pela descoberta de que o deputado mantinha contas secretas na Suíça. Reportagem exibida na tarde desta sexta-feira (16) pelo jornal Hoje, da TV Globo, mostraram os documentos que comprovam que as contas na Suíça são mesmo de Eduardo Cunha. 
Investigações da PGR apontam que, ao todo, Eduardo Cunha omitiu pelo menos US$ 15 milhões (cerca de R$ 60 milhões em valores atuais) de suas declarações de bens prestadas à Justiça Eleitoral.  Ainda assim, o deputado teve uma evolução patrimonial de 240% entre os anos de 2002 e 2014, segundo informações da PGR.
De acordo com as informações da PGR, o patrimônio de Cunha, segundo sua própria prestações de contas apresentadas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), cresceu de R$ 525,7 mil no ano de 2002, para R$ 1,6 milhão em 2014. Contudo, o patrimônio estimado do parlamentar na época era de aproximadamente US$ 16 milhões (R$ 61 milhões).
Para o procurador-geral em exercício, Eugênio Aragão, existem indícios de que essa evolução patrimonial foi fruto de atividades ilícitas do deputado. A nova investigação, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, é baseada em um dossiê encaminhado à PGR pelo Ministério Público da Suíça na semana passada.


 Fonte: Fatoline 


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